Taxiberg: focas pegam carona em "veículos marinhos" para se deslocar no Ártico
As focas são boas nadadoras mesmo nas águas quase congelantes do Ártico, mas também sabem aproveitar as facilidades do meio ambiente para se locomover ou mesmo para proteger a prole. Para o grupo de simpáticos e fofos mamíferos, os icebergs podem funcionar como uma espécie de “taxiberg”, ou seja, um “veículo marinho” para se deslocar na região. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Gelo marinho está perdendo seu poder de resfriamento do planeta Estudo com satélite mostra "invasão verde" de plantas na Antártida O uso estratégico dos icebergs foi observado ao longo dos anos, quando pesquisadores da University of Alaska Southeast investigavam os hábitos da foca-comum (Phoca vitulina), em uma área do estado do Alasca. Mais especificamente, os animais observados vivem nos arredores da geleira Johns Hopkins, com aproximadamente 19 km de comprimento Velocidade ideal do taxiberg A pesquisa sobre o uso de icebergs por focas foi apresentada no último encontro anual da American Geophysical Union (AGU) e um dos pontos mais curiosos da análise é que os animais árticos parecem escolher os taxibergs pela velocidade no momento do embarque. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Vale observar que os ventos, as correntes oceânicas e o volume do escoamento de água doce que flui da base da geleira podem impactar diretamente a velocidade do iceberg nas águas salgadas do oceano. Segundo os pesquisadores, as mamães focas preferem icebergs mais estáveis e com taxa de aceleração mais lenta quando vão dar a luz ou quando irão cuidar dos filhotes recém-nascidos — estes podem até surpreendentemente cantar. Em média, esses blocos de gelo (ou veículos marinhos) se movimentam a cerca de 20 cm por segundo. Focas usam icebergs como uma plataforma para criar filhotes e como meio de transporte (Imagem: Chris Larsen/Operation IceBridge/University of Alaska) Entretanto, a preferência se inverte na temporada de muda (troca de pelagem), Tanto as mães quanto o resto da população de focas preferem os icebergs mais rápidos, que ficam quase sempre próximos dos melhores locais de alimentação (com fartura de plâncton e peixes). Mais funções de um iceberg para as focas Muito mais que um meio de locomoção, os cientistas norte-americanos descobriram que os icebergs desempenham vários papeis críticos na vida das focas, como o local seguro para a criação dos filhotes, algo essencial para a perpetuação da espécie. Isso acende o sinal de alerta vermelho, considerando o impacto da dinâmica dos polos com a crise climática (que já se manifesta no presente) e o degelo acelerado em muitas regiões. “Nosso trabalho apresenta uma ligação direta entre as alterações de uma geleira [de onde se desprendem os icebergs] e a distribuição e comportamento das focas”, destaca Lynn Kaluzienski, cientista que liderou a pesquisa, em nota. “Estudos interdisciplinares como este, juntamente com campanhas de monitoramento de longo prazo, serão importantes para entender como as mudanças climáticas influenciarão os ecossistemas no futuro”, acrescenta. A “sorte” dos animais do Alasca avaliados é que o derretimento do Ártico não é (por enquanto) um problema para eles, já que o local em que vivem não enfrenta as taxas aceleradas de degelo. Leia mais: Degelo da Antártica atinge níveis alarmantes e ameaça oceanos Fósseis batizados de Punk e Emo reescrevem história dos moluscos Aliens? Pirâmide simétrica na Antártica desperta teorias da conspiração na web VÍDEO: Carregar o celular na geladeira melhora a bateria? Leia a matéria no Canaltech.
As focas são boas nadadoras mesmo nas águas quase congelantes do Ártico, mas também sabem aproveitar as facilidades do meio ambiente para se locomover ou mesmo para proteger a prole. Para o grupo de simpáticos e fofos mamíferos, os icebergs podem funcionar como uma espécie de “taxiberg”, ou seja, um “veículo marinho” para se deslocar na região.
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- Estudo com satélite mostra "invasão verde" de plantas na Antártida
O uso estratégico dos icebergs foi observado ao longo dos anos, quando pesquisadores da University of Alaska Southeast investigavam os hábitos da foca-comum (Phoca vitulina), em uma área do estado do Alasca. Mais especificamente, os animais observados vivem nos arredores da geleira Johns Hopkins, com aproximadamente 19 km de comprimento
Velocidade ideal do taxiberg
A pesquisa sobre o uso de icebergs por focas foi apresentada no último encontro anual da American Geophysical Union (AGU) e um dos pontos mais curiosos da análise é que os animais árticos parecem escolher os taxibergs pela velocidade no momento do embarque.
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Vale observar que os ventos, as correntes oceânicas e o volume do escoamento de água doce que flui da base da geleira podem impactar diretamente a velocidade do iceberg nas águas salgadas do oceano.
Segundo os pesquisadores, as mamães focas preferem icebergs mais estáveis e com taxa de aceleração mais lenta quando vão dar a luz ou quando irão cuidar dos filhotes recém-nascidos — estes podem até surpreendentemente cantar. Em média, esses blocos de gelo (ou veículos marinhos) se movimentam a cerca de 20 cm por segundo.
Entretanto, a preferência se inverte na temporada de muda (troca de pelagem), Tanto as mães quanto o resto da população de focas preferem os icebergs mais rápidos, que ficam quase sempre próximos dos melhores locais de alimentação (com fartura de plâncton e peixes).
Mais funções de um iceberg para as focas
Muito mais que um meio de locomoção, os cientistas norte-americanos descobriram que os icebergs desempenham vários papeis críticos na vida das focas, como o local seguro para a criação dos filhotes, algo essencial para a perpetuação da espécie. Isso acende o sinal de alerta vermelho, considerando o impacto da dinâmica dos polos com a crise climática (que já se manifesta no presente) e o degelo acelerado em muitas regiões.
“Nosso trabalho apresenta uma ligação direta entre as alterações de uma geleira [de onde se desprendem os icebergs] e a distribuição e comportamento das focas”, destaca Lynn Kaluzienski, cientista que liderou a pesquisa, em nota. “Estudos interdisciplinares como este, juntamente com campanhas de monitoramento de longo prazo, serão importantes para entender como as mudanças climáticas influenciarão os ecossistemas no futuro”, acrescenta.
A “sorte” dos animais do Alasca avaliados é que o derretimento do Ártico não é (por enquanto) um problema para eles, já que o local em que vivem não enfrenta as taxas aceleradas de degelo.
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