Cometa aparece a cada 160 mil anos e esta pode ser sua chance de vê-lo
O cometa C/2024 G3 (Atlas) pode se mostrar tão brilhante quanto Vênus, o segundo objeto mais brilhante do céu, e deve ficar visível nos céus do hemisfério sul entre a metade e o fim de janeiro — contanto que as condições meteorológicas estejam adequadas para a observação, claro. O objeto foi observado pela primeira vez em abril do ano passado pelo sistema de alerta Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), da NASA, quando estava a mais de 600 milhões de quilômetros do nosso planeta. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp O "Cometa do Século" passou pela Terra. O que vem depois? Hale-Bopp, o grande cometa de 1977 que marcou a história Foi na segunda (13) que o cometa chegou ao periélio, nome dado ao ponto mais perto do Sol ao longo de sua órbita ao redor do astro. A agência espacial ressalta que é difícil prever como vai ser o brilho dos cometas — com sorte, o C/2024 G3 (Atlas) talvez fique visível até a olho nu. Dr Shyam Balaji, pesquisador de física de astropartículas e cosmologia no King's College de Londres, declarou à BBC que “os cálculos orbitais atuais indicam que o cometa vai ficar a mais de 12 milhões de quilômetros do Sol”. A distância é curta em termos astronômicos, ou seja, é como se o objeto fizesse um “voo rasante” por nosso astro. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Cometa C/2024 G3 (Atlas) observado da Estação Espacial Internacional (Imagem: Don Pettit/NASA) Assim, as melhores oportunidades para observar o cometa podem ocorrer nos dias próximos do periélio — e, claro, tudo isso depende das condições locais e do comportamento do C/2024 G3. “Assim como é com todos os cometas, sua visibilidade e brilho podem ser imprevisíveis”, ressaltou ele. Mas não fique desanimado, pois a boa notícia é que este cometa é melhor observado no hemisfério sul. Para vê-lo, Balaji recomenda procurá-lo “no horizonte leste antes do nascer do Sol, e após o periélio, tentar o horizonte oeste após o pôr do Sol”, finalizou. Já a Sociedade Planetária recomenda observá-lo até o fim de janeiro logo após o pôr do Sol — a dica é ficar de olho na direção da constelação de Capricórnio. Na metade de janeiro, o cometa vai aparecer mais perto do poente; já ao fim do mês, ele vai estar mais longe do Sol e com menos brilho. Quando foi observado pela primeira vez no ano passado, pareceu que o cometa C/2024 G3 não ia sobreviver à passagem pelo Sol. Por outro lado, observações posteriores sugeriram que, na verdade, o cometa estava seguindo em uma trajetória diferente daquela estimada anteriormente, e que talvez continuasse intacto enquanto se aproximava da Terra. Através desta nova órbita, ele leva cerca de 160 mil anos para completar uma volta ao redor do Sol. As observações mais recentes mostram que ele ficou mais brilhante do que o esperado, o que talvez sinalizasse que estava se fragmentando conforme se aproximava do astro. Como o brilho continuou e inclusive aumentou, o cometa parece ter sobrevivido. Se este realmente for o caso, então ele pode se tornar um objeto tão brilhante quanto Vênus, ganhando o título de um dos cometas mais brilhantes das últimas décadas. Leia também: Veja as fotos mais incríveis do "Cometa do Século" Qual é a diferença entre asteroide, cometa e meteoro? Vídeo: Curiosidades sobre a Lua Leia a matéria no Canaltech.
O cometa C/2024 G3 (Atlas) pode se mostrar tão brilhante quanto Vênus, o segundo objeto mais brilhante do céu, e deve ficar visível nos céus do hemisfério sul entre a metade e o fim de janeiro — contanto que as condições meteorológicas estejam adequadas para a observação, claro. O objeto foi observado pela primeira vez em abril do ano passado pelo sistema de alerta Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), da NASA, quando estava a mais de 600 milhões de quilômetros do nosso planeta.
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Foi na segunda (13) que o cometa chegou ao periélio, nome dado ao ponto mais perto do Sol ao longo de sua órbita ao redor do astro. A agência espacial ressalta que é difícil prever como vai ser o brilho dos cometas — com sorte, o C/2024 G3 (Atlas) talvez fique visível até a olho nu.
Dr Shyam Balaji, pesquisador de física de astropartículas e cosmologia no King's College de Londres, declarou à BBC que “os cálculos orbitais atuais indicam que o cometa vai ficar a mais de 12 milhões de quilômetros do Sol”. A distância é curta em termos astronômicos, ou seja, é como se o objeto fizesse um “voo rasante” por nosso astro.
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Assim, as melhores oportunidades para observar o cometa podem ocorrer nos dias próximos do periélio — e, claro, tudo isso depende das condições locais e do comportamento do C/2024 G3. “Assim como é com todos os cometas, sua visibilidade e brilho podem ser imprevisíveis”, ressaltou ele.
Mas não fique desanimado, pois a boa notícia é que este cometa é melhor observado no hemisfério sul. Para vê-lo, Balaji recomenda procurá-lo “no horizonte leste antes do nascer do Sol, e após o periélio, tentar o horizonte oeste após o pôr do Sol”, finalizou.
Já a Sociedade Planetária recomenda observá-lo até o fim de janeiro logo após o pôr do Sol — a dica é ficar de olho na direção da constelação de Capricórnio. Na metade de janeiro, o cometa vai aparecer mais perto do poente; já ao fim do mês, ele vai estar mais longe do Sol e com menos brilho.
Quando foi observado pela primeira vez no ano passado, pareceu que o cometa C/2024 G3 não ia sobreviver à passagem pelo Sol. Por outro lado, observações posteriores sugeriram que, na verdade, o cometa estava seguindo em uma trajetória diferente daquela estimada anteriormente, e que talvez continuasse intacto enquanto se aproximava da Terra.
Através desta nova órbita, ele leva cerca de 160 mil anos para completar uma volta ao redor do Sol. As observações mais recentes mostram que ele ficou mais brilhante do que o esperado, o que talvez sinalizasse que estava se fragmentando conforme se aproximava do astro.
Como o brilho continuou e inclusive aumentou, o cometa parece ter sobrevivido. Se este realmente for o caso, então ele pode se tornar um objeto tão brilhante quanto Vênus, ganhando o título de um dos cometas mais brilhantes das últimas décadas.
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